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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Carnaval na Escola

Em clima de festa os alunos da E E Bairro São Miguel, pesquisaram sobre a história do Carnaval e confeccionaram máscaras e cartazes para enfeitar a escola.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Projeto Vale Viver



A aluna da EE Bairro São Miguel, Jacqueline Mayara de Souza, recebeu cumprimentos e a premiação pelo1º lugar no Concurso de Poesia do Projeto Vale Viver 2010. O tema proposto tratou sobre o uso  das drogas.

A vida é nossa maior viagem!
Não use drogas!

A vida é uma viagem
com direito a tudo
mas não acabe com isso
em um beco escuro...
Muitos jovens
para acabar com o sofrimento
se entregam a uma vida
sem fundamento.
Não se engane com as amizades
que te prometem felicidades!
Não use drogas!
Tenha responsabilidade e amor de verdade!

Jacqueline Mayara de Souza
1º lugar no Concurso de Poesia sobre as drogas
Vale Viver/2010
E E  Bairro São Miguel

domingo, 26 de setembro de 2010

Projeto caminhos e histórias do Bairro São Miguel

    Mapa da Região - São Miguel - Cachoeira Paulista - Canas - Roteiro do Projeto

Este projeto tem por objetivo o desenvolvimento de atividades multidisciplinares, proporcionando aos alunos o conhecimento dos aspectos históricos, socioculturais e socioambientais da região do Bairro do São Miguel – Cachoeira Paulista - SP, no processo de construção da realidade nacional.
O mesmo se destina a formação de consciência cidadã, resgatando os processos formadores e transformadores da região,seja nos aspectos sociais ou econômicos que forjaram as características intrínsecas a paisagem, seja nas transformações dos lugares e dos costumes da região.
Partindo da praça central de Cachoeira Paulista em Frente à Igreja de São Sebastião, um grupo de 10 alunos e 2 professores, da EE Bairro São Miguel vão percorrer a distância de 40 km que separam a Escola do centro da cidade.  Seguindo a Estrada da Bocaina, margeando o rio da Bocaina e o Rio Bravo serão observados aspectos do relevo, da fauna, da flora, as construções sociais incorporadas à paisagem ao longo da história do Vale do Paraíba e do Brasil.
Aos alunos caberá a pesquisa prévia de cada termo abordado, elaboração e construção do texto a ser lido, explicado e compartilhado com os demais membros do grupo. Concomitante in loco estaremos filmando e fotografando a realização do trabalho que em momento oportuno será socializado a toda comunidade escolar.
Será destacada também a história do Bairro São Miguel, sua formação, sua localização e suas lendas.

Cultura popular – (Historias locais)

Existia no Antigo São Miguel uma senhorinha chamada Antonia, solteira e rezadeira, que benzia as crianças, fato verídico, pois Dona Ana antiga moradora do bairro é filha de um senhor que foi curado pela oração feita por ela. A rezadeira era conhecida como Toninha Virgem, recebia as pessoas na capela onde fazia as orações.
Toninha Virgem ficou grávida e teve uma filha. O povo que a aclamava santa, ficou desesperado, acreditando que a gravidez era coisa do capeta. De Toninha Virgem não sabemos o fim, mas a criança foi achada abandonada em um monjolo e criada por uma família, existem descendentes seus nessa região, várias gerações após esses fato.
A comunidade local passou a acreditar que o antigo assentamento era amaldiçoado, pois naquele lugar, o dono das terras engravidou Toninha Virgem.
O fazendeiro Antonio Frogêncio Espíndola, compadecido da situação doou pouco mais de dois alqueires para a Igreja. Este autorizou a construção do Cemitério, da Capela (Antiga) e a população pobre a morar no local. A doação foi feita em nome de São Miguel hábito corrente na época, no qual o fiel doava terras para o santo de devoção, pagando promessas.
Ergueu-se no local uma capelinha de taipa de pilão e fechou-se um lugar para o cemitério logo atrás da capela. Ao redor da igreja cresceu o bairro de São Miguel.
Conta-se que no antigo assentamento, tido como assombrado, que a porteira batia e rangia sempre à meia noite.
O homem que engravidou a Toninha Virgem ficou sozinho na fazenda. Quando morreu, o tal capeta veio a meia- noite buscar seu corpo, dentro do seu caixão foi colocado um caule de bananeira.
Existiam outras figuras e causos curiosos como Chica Camundonga. Onde ela fazia seu fogãozinho não chovia nem durante as tempestades. Causos como corpo seco, cipó caboclo, novenas e festas onde as moças só podiam olhar os rapazes, são típicos desta época.
Uma das funções de quem sabia escrever, era fazer a carta de pedido de casamento, isso também foi atribuição de professores. Nestas épocas os delegados do sertão eram o capelão e o inspetor de quarteirão.
Durante as festas à noite, dançava-se Jongo que era cantado pelos homens dos quilombos de Cunha. Esses cantavam em roda fazendo versos uns para os outros. Durante as rodas festivas, nascia no meio uma bananeira, ela crescia, dava cachos e madurava os frutos.  Estes serviam de alimento aos homens antes de amanhecer, as mulheres apenas dançavam.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Bairro São Miguel

Relatos orais: dados culturais, históricos e curiosos do Bairro São Miguel

Imagem: Revista Cachoeira Paulista Fé, História e Tradição.2005

A comunidade de São Miguel está localizada no extremo sul do município de Cachoeira Paulista e faz divisa com os municípios de Silveiras a Leste, Lorena ao Sul  e Oeste. Apesar de estar  muito próximo não há limites territoriais com o município de Cunha .
Nesta região a maioria das famílias tem ancestrais indígenas, o que nos leva a hipótese de ter havido uma aldeia indígena proximo ao local.
Assentado a mais ou menos 120 anos neste local esta localidade serviu de passagem as tropas que circulavam entre Paraty, Cunha, Lorena e Guaratinguetá, no entanto a história deste lugar remonta a épocas mais antigas..... A antiga localização do povoado situado mais ao sul, abandonado devido as histórias e crendices da comunidade, em relação a fatos curiosos que se tornaram lendas folclóricas que ajudaram  a forjar  construção do lugar onde hoje se localiza o bairro São Miguel.
Há muito tempo no antigo assentamento, próximo a Fazenda das Pedras há mais ou menos 4km daqui, numa comunidade que não sabemos ao certo se era chamada Nossa Senhora da Conceição, havia um povoado com aproximadamente quarenta casas, dois comércios, uma fazenda. O ponto de referência da região era uma capela onde havia um sino  com o brasão do império do Brasil, no alto da colina um cemitério completava a paisagem. Por lá passavam as tropas de mulas e burros que circulavam entre  Cunha, Lorena, Cachoeira Paulista e Guaratinguetá. Ainda existem vestígios dos casas antigas dos túmulos do cemitério.
A imagem de São Miguel presente na capela até hoje foi doada por Daniel Pinto, dono da fazenda Benvinda.
Entre muitas das histórias contadas por essa gente está a construção na base do multirão e enxadão de parte da estrada que liga o bairro do São Miguel as cidades de Lorena e Canas passando pelo bairro do Pinhal Novo, houve também segundo relatos a chegada de gente fugindo da obrigatoriedade de enviar os filhos a Guerra do Paraguai e se fixou por aqui, todas essas histórias enriquecem o contexto de formação do bairro que na sua simplicidade, guarda reliquias de uma sociedade rural tradicional, um exemplo claro é o uso de caderneta nas atividades comerciais e a entrega dos produtos ao longo da estrada em pontos determinados mesmo quando o destinatário está ausente.
 A paisagem as vezes bucólica de rebanhos equinos, bovinos e mesmo de aves com seus pintinhos atravessando ruas tranquilas, aos poucos se adapta a chegada dos aparatos técnicos e tecnológicos como motocicletas, parabólicas de TV e agora de celulares, bem como  a escola que recebe sinal de internet via satélite, mescla tradição e modernidade.

Adaptação de texto: MS-Original Laurindo Pinto